A Unidos de Bangu já tem enredo para 2023. Sob o título “Aganjú… A visão do fogo, a voz do trovão no Reino de Oyó”, de autoria do carnavalesco Robson Goulart, a escola da Zona Oeste vai contar a história de uma qualidade de Xangô, o orixá da justiça. O tema foi revelado na noite desta quarta-feira, 29, dia de São Pedro, que é sincretizado com a entidade nas religiões de matriz africana, em evento para convidados, na Zona Oeste.
Robson Goulart explica um pouco sobre o enredo. Para ele, a escola vai caminhar por curiosidades sobre o orixá, entrando nos ritos e festejos que são pouco conhecidos pelo grande público.
– A escolha de falar de uma qualidade do orixá já se torna um diferencial na leitura, pois Aganju, por ser um Xangô menino, apresenta fatos e lendas relacionadas que pouco foram mostradas. Na nossa construção narrativa, vamos focar muito nos costumes e danças, deixando de lado o tradicional. Focaremos nos festejos relacionados a Aganju, passando pelo sincretismo, que é relacionado às festas de São João e São Pedro – sintetiza o carnavalesco.
Em 2022, a Unidos de Bangu terminou a Série Ouro na sétima colocação ao homenagear Castor de Andrade. Desde que voltou à Sapucaí, este será o terceiro enredo com temática afro da escola. Anteriormente, foram apresentados “A travessia da Calunga Grande e a nobreza negra do Brasil”, em 2018, e “Memória de um Griô: a diáspora africana numa idade nada moderna e muito menos contemporânea”, em 2020.