Matheus Olivério e Cintya Santos Primeiro casal Mangueira 2024 - Foto: Carnavalizados

Estação Primeira de Mangueira escolhe samba-enredo para o carnaval de 2024

A Mangueira definiu, na madrugada deste domingo (08), o seu samba-enredo para o carnaval 2024. A parceria de Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Fadico, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim foi a grande vencedora na final, realizada na quadra da escola.

A final foi uma grande festa na quadra, com direito ao tradicional show dos segmentos da agremiação. Mesmo com a chuva torrencial que caiu na noite deste sábado, o público fez questão de prestigiar esse grande momento da verde e rosa.
Em 2024, a Mangueira homenageia a cantora Alcione, que está completando 50 anos de carreira, com o enredo “A Voz Negra do Amanhã”, criado e desenvolvido pelos carnavalescos Annik Salmon e Guilherme Estevão. A verde e rosa será a quarta escola a pisar na Sapucaí no segundo dia de desfiles do Grupo Especial.

Confira a letra do samba campeão na verde e rosa:

Xangô chama Iansã
Que a voz do amanhã já bradou no Maranhão
Tambor de Mina, encantados a girar
O divino no altar, a filha de toda fé
Sob as bênçãos de maria, batizada Nazareth

Quis o destino quando o tempo foi maestro
Soprar a vida aos pés do velho cajueiro
Guardar no peito a saudade de mainha
Do reisado a ladainha, São Luis o seu terreiro

 Ê bumba meu boi! Ê boi de tradição!
Tem que respeitar Maracanã que faz tremer o chão
Toca tambor de crioula, firma no batuquejê
Ô pequena feita pra vencer
Vem brilhar no Rio Antigo, mostra seu poder de fato
Fina flor que não se cheira não aceita desacato

Vai provar que o samba é primo do jazz
Falar de amor como ninguém faz
Nas horas incertas, curar dissabores
Feito uma loba impor seus valores
E seja o pilar da esperança
Das rosas que nascem no morro da gente
Sambando, tocando e cantando
Se encontram passado, futuro e presente

Mangueira! De Neuma e Zica
Dos versos de Hélio que honraram meu nome
Levo a arte como dom
Um brasil em tom marrom que herdei de Alcione
Ela é Odara, deusa da canção
Negra voz, orgulho da nação

Meu palácio tem rainha e não é uma qualquer
“Arreda homem que aí vem mulher”
Verde e rosa dinastia pra honrar meus ancestrais
Aqui o samba não morrerá jamais

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