LIESA atende pedido da Imperatriz Leopoldinense sobre credenciamento de Fontenelle para o Carnaval

Pedido foi feito pela presidente da escola, Cátia Drumond, ao presidente da entidade, Jorge Perlingeiro. Antônia Fontenelle disse que a roupa usada pela primeira-dama na posse presidencial parecia à da velha-guarda da agremiação: ‘Apática, nem fede, nem cheira’.

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Perlingeiro, disse na tarde desta terça-feira (3) que tem “obrigação de atender” ao pedido da presidente da Imperatriz Leopoldinense, Cátia Drumond, em não credenciar a youtuber Antônia Fontenelle para o carnaval, caso ela solicite.

O pedido foi feito depois que ela, ao analisar a roupa que a primeira-dama Janja Silva usou no domingo (1º), durante a posse do presidente da República, comparou a vestimenta à velha-guarda da escola, o que causou profundo mal-estar no mundo do samba.

“Recebi o e-mail da Cátia Drumond, e eu, como presidente de uma instituição que representa 12 escolas de samba, tenho que atender a solicitação da co-irmã. Não posso barrá-la no Sambódromo, pois ela pode comprar ingresso para assistir ao espetáculo ou ser convidada para algum camarote, mas a Antônia não pode ter uma atitude deselegante com um escola. Me dou com ela, mas como presidente da Liesa, tenho obrigação de atender [a solicitação]”, disse Perlingeiro ao g1.

Além de rebater Antonia Fontenelle, a escola de samba também fez um convite para Rosângela Silva, a Janja. “Após os ataques à primeira-dama do Brasil e à nossa agremiação, convidamos publicamente a querida Janja para desfilar como madrinha de nossa galeria da velha-guarda”, escreveram no Instagram.

A LIESA também divulgou nota nas suas redes sociais manifestando-se sobre o assunto.

A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (LIESA), através de sua Diretoria, repudia os comentários depreciativos dirigidos no último domingo, 1º, contra a Imperatriz Leopoldinense e sua Velha Guarda.

Inserida no contexto das 12 agremiações do Grupo Especial do Rio de Janeiro, a verde e branca do bairro de Ramos é merecedora de respeito e deferência.

Merecem o mesmo tratamento os sambistas de sua comunidade que, nos 63 anos de história da Agremiação, mantiveram-se conectados a seus valores, sua tradição e seus desfiles memoráveis, resultantes em oito campeonatos.

Como maior representação cultural do País diante dos olhos do mundo, a folia carioca merece e demanda consideração e valorização diante de suas Escolas e de seu povo.

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