A Beija-Flor de Nilópolis, representada por sua diretoria, vem a público informar e lamentar profundamente a morte do intérprete Gilson Conceição Junior, o Bakaninha, considerado o talento que herdaria, um dia, o microfone oficial da escola das mãos de Neguinho da Beija-Flor. O músico, prestes a completar 31 anos de idade, esteve na quadra da azul e branca na noite da última quinta-feira e morreu vítima de um acidente de carro nas horas seguintes.
Bakaninha, como era carinhosamente chamado na agremiação, tinha uma história de amor antiga pela Beija-Flor: começou a desfilar aos cinco anos na bateria mirim da Deusa da Passarela. A trajetória começou inspirada no pai, Gilson Bacana, que também já atuou como uma das vozes da escola, e no avô, Vicente, um dos primeiros a comandar a ala de ritmistas nilopolitanos. A Beija-Flor era uma tradição familiar.
Desde 2009, Bakaninha integrava o time de cantores de apoio que dava suporte a Neguinho na Sapucaí – como segundo cantor, era dele a voz que conduzia os ensaios nas eventuais ausências do titular. A dedicação à tarefa fez com que Neguinho, há pelo menos cinco anos, começasse a aventar a possibilidade de ser sucedido por Bakaninha quando viesse a se aposentar futuramente.
“O Bacaninha vai ser meu sucessor. Um dia, vou ter que parar. E ele será meu sucessor. É nascido e criado na Beija-Flor. É dedicado, tem bom comportamento, é respeitador (…). Tem outros grandes cantores, mas ele é o que acho que tem todos os predicados pra, um dia, me substituir”, disse Neguinho ao site Sambarazzo em agosto de 2017.
De luto, a Beija-Flor presta sua última homenagem a Bakaninha reconhecendo mais uma vez, como fez Neguinho, as qualidades de Bakaninha e a legitimidade do amor e da entrega dele à escola em que se formou enquanto artista e cidadão de Nilópolis. A agremiação está solidária à família e aos amigos de Bakaninha e, assim que possível, divulgará informações sobre o sepultamento.
Vai com Deus, Bakaninha! A Beija-Flor ouvirá sua voz para sempre.