Há exatos 30 anos, as portas do Museu do Carnaval foram abertas pela primeira vez ao público. Depois de passar por muitos problemas de gestão, o museu foi fechado nos anos 2000. Agora, ressignificado, o espaço localizado na Praça da Apoteose finalmente reabrirá suas portas e celebrará seu retorno, no próximo dia 2 de dezembro (sábado), justo no dia nacional do samba. Estarão presentes muitas entidades carnavalescas, como os Filhos de Gandhi e a Velha Guarda da Imperatriz Leopoldinense, entre outras atrações. Serão homenageados o escritor Ivan Cavalcanti Proença, o casal Chiquinho e Maria Helena, além do pesquisador – e um dos entusiastas do Museu –, Hiram Araújo, falecido este ano. A festa, que acontecerá na área externa do Museu, terá ainda a lavagem das baianas, samba, marchinha e frevo. E, claro, sua presença!
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O retorno das atividades do museu trará novas possibilidades ao entorno da Passarela do Samba. Nossa festa precisa disso, de valor. E nós também precisamos, é chegada a hora de nos unirmos. O povo do samba precisa estar presente nesse evento e prestigiá-lo. O espaço é para todos. Precisamos que o Museu do Carnaval seja reaberto. Em meio a essa crise pela qual passa o Carnaval e a cidade do Rio de Janeiro, é uma centelha de esperança para dias melhores. Serve para mostrar a força da nossa manifestação. O poder da nossa cultura. É através do resgate de sua memória, de sua trajetória de resistência e sua vocação para celebrar e comemorar nas situações mais difíceis, que o carnaval carioca pode se reerguer.
Um pouco mais sobre o Museu do Carnaval
O Museu do Carnaval está desativado há quase duas décadas. Em setembro de 1983, o então governador Leonel Brizola anunciou a criação do espaço, instalado sob uma concha acústica (que seria o monumento da Praça da Apoteose). Com um acervo formado por “filmes e audiovisuais”,o Museu foi aberto ao público apenas em dezembro de 1987 e a primeira exposição fotográfica do reduto tinha como tema as “Escolas de Samba, da Praça Onze à Apoteose”. No primeiro mês de funcionamento, recebeu mais de dois mil turistas. Nos anos 2000, por má gestão, o museu fechou as portas e parte de seu acervo encontra-se hoje na sede da Liga Independente das Escolas de samba.
O projeto marca a retomada do espaço pela Secretaria da Cultura e o início do processo de reabertura, que deverá ocorrer em Janeiro.