Aos 82 anos, Martinho tem um laço de amor com a Vila relevante o suficiente para se confundir com a própria biografia. Ele se dedica à agremiação desde 1965 e compôs diversos sambas que embalaram os carnavais da comunidade do bairro do poeta Noel Rosa. Entre as criações, está a do tema “Kizomba: A festa da raça”, que garantiu o campeonato à Vila em 1988.
Além do enredo no ano que vem, Martinho já ganhou referências em diversos desfiles da Vila. Em 2012, quando a escola exaltou Angola, país que o músico leva no coração, ele foi mencionado no refrão do samba-enredo. Em 2018, durante uma exaltação ao futuro, ele foi a estrela do carro abre-alas e cruzou a Sapucaí aplaudido enquanto comemorava oito décadas de vida.
Em 2021, a exaltação promete imponência, seguindo a linha adotada nos últimos dois carnavais pela gestão do presidente Fernando Fernandes e com a estética de Edson Pereira. O carnavalesco já teve o passe renovado para o ano que vem.