São Clemente, Vila Isabel, Salgueiro, Tijuca, Mocidade e Beija-Flor brilharam na Sapucaí no último dia dos desfiles do Grupo Especial do carnaval 2020 do Rio, nesta segunda (24).
A São Clemente primeira escola a desfilar manteve o clima de críticas sociais satirizando os golpes e trambiques banalizados no Brasil. Com o enredo “O Conto do Vigário”, do carnavalesco Jorge Silveira. O refrão da escola pede para que as pessoas acreditem que, apesar de toda a enganação que existe, devemos ter a esperança de que a ‘maré vai virar’.
Considerada mais uma entre as grandes favoritas, a Vila Isabel apostou no enredo “Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um índio chamado Brasil”, do carnavalesco Edson Pereira para contar os 60 anos de Brasília através de uma bem elaborada uma fábula indígena. Sabrina Sato que foi por anos a rainha de bateria, estreou no posto de rainha da escola. O desfile também marcou a estreia de Aline Riscado como rainha de bateria da Swingueira de Noel.
O Salgueiro fez uma homenagem ao primeiro palhaço negro do Brasil, Benjamin de Oliveira. Com o enredo O Rei Negro no Picadeiro, do carnavalesco Alex de Souza, a agremiação recriou um circo na Sapucaí para exaltar a história do artista, ainda desconhecido por muitos brasileiros. Viviane Araújo, mais uma vez, brilhou à frente da bateria furiosa sob o comando dos Mestres Guilherme e Gustavo.
Com uma mensagem de esperança em um Rio de Janeiro melhor no futuro, a Unidos da Tijuca mergulhou na arquitetura exuberante da Cidade Maravilhosa para brigar pelo título do carnaval deste ano. O desfile marcou o retorno do carnavalesco Paulo Barros. O desfile marcou a estreia da cantora Lexa como rainha de bateria da escola.
Penúltima a cruzar a Marquês de Sapucaí, a Mocidade fez uma homenagem a cantora Elza Soares com o enredo “Elza Deusa Soares”, do carnavalesco estreante na agremiação Jack Vasconcelos. A escola contou a origem humilde e os caminhos que fizeram com que a artista se transformasse em um dos maiores ícones da música popular brasileira. A cantora Elza desfilou no último carro alegórico da agremiação.
A Beija-Flor encerrou os desfiles retratando a evolução do homem até os dias de hoje com o enredo “Se essa rua fosse minha”. A escola, que luta para reconquistar o título perdido em 2019, causou impacto com a comissão de frente.