São Clemente divulga sinopse do enredo sobre Paulo Gustavo

A São Clemente divulgou a sinopse de seu enredo na noite desta quinta-feira (29). A Agremiação vai levar para a Marques de Sapucaí o enredoMinha vida é uma peça!“, em homenagem ao humorista Paulo Gustavo que faleceu em maio, vítima de Covid.

I – O CÉU DE PG

Esta Peça Enredo-carnavalesco foi escrita por uma legião de fãs. Do tamanho do Brasil. Demorou 42 anos
pra chegar a este palco/passarela – portanto, nada de chororô, aproveitem este “rir é resistir”.
E ao terceiro sinal, no caso uma sirene, quando a cortina (que é um portão) abre, e os holofotes acendem
para o Prólogo da Peça, tem confete, serpentina, fantasia preta-amarela, num delírio total: Nossa Estrela chega no céu, em festa. Anjinhos não tocam harpas pois estão se mijando de rir. Todos os Comediantes que lá estavam,
vieram receber o novo Astro Eternizado no Paraíso da Comédia Nacional. Muitos já conheciam esta montagem-espetáculo-desfile, mas fizeram questão de voltar mais uma vez, porque o ator merece!

O céu de Paulo é um paraíso do bem, da fraternidade, da bondade e da…. Esculhambação. Sim, ele pega nos peitos de Derci, imita Golias, rodopia com Otelo e aos aplausos de Costinha PG exclama feliz: “isso aqui parece quando desfilei na São Clemente!”

II – HERMINIA AMARAL

E então ele, hiperativo mágico, descobre que está de novo na agremiação da Zona sul, uma segunda vez, encantada,
em desfile atravessando a Sapucaí. E os bobes de dona Herminia retornam a sua cabeça, ele amarra o lenço estampado, e num piscar dos olhos fascinados e maquiados, ela, a genitora que divertiu a família brasileira, dá as mãos a Carlos Alberto, e “desce na poeira da poesia” para encontrar seus filhos na Cena Seguinte, em cima de carro alegórico. Marcelina e Juliano empurram Soraya para segundo plano e reapresentam à Sapucaí. Aquela que é
a maior Mãe de todos os tempos. Novamente ovacionada pelas arquibancadas. Foram 15 anos, centenas de representações no teatro e na televisão, três filmes que bateram todos os recordes no cinema nacional, um cantinho em tudo que é coração verde-amarelo; mas agora só interessa cantar e sambar
por Ela,
por Ele,
por nós,
sobreviventes do hiato inconcebível, que em epifania se revela catarse, para entroniza-lá “Herminia Amaral, a dona da zorra toda!”

III – FLECHA DO CUPIDO

E como a arte imita a vida, ele foi mais feliz ainda no próximo setor da procissão festiva: Thales e as crianças vieram dizer que só o amor constrói, que família são laços de afeto e que viva a liberdade da gente ser aquilo que cada um é.
O que já era bom ficou perfeito, porque a simplicidade tem o poder de amolecer até o mais duro dos corações.
A parada vai fluindo e inspirando resistência bem humorada; ensinando que felicidade é que nem Bumbum: cada um tem o seu. Sem imposição, sem ódio, sem vergonha. E com solidariedade: não existe modelo único de humanidade. Pluralidade faz parte…

IV- BONDEDAZAMIGAS

Nesta cena da peça, amigos da vida “fora da curva”invadem a pista para declarar que nunca houve alguém como ele:
único, generoso, inesquecível, poderoso, companheiro, e…. terrível. Por isso este bonde da amizade forma a quarta alegoria, “o lado esquerdo do peito”, já que amigo é coisa pra se guardar, celebrar, e desfilar juntos, num rolezinho pela Marquês colorida.

V – “D” DE DIVA DÉA, DULCE, DIVERSIDADE

Mas quem era a Estrela da Estrela? Ó musa encantadora e desbocada, vem pra Avenida ver o teu guri desfilar: abram alas para o D de Diva inspiradora, Déa. É ela quem desce o pano e fecha o portão encerrando esta Comédia homenagem à beleza do existir: a maternidade da emoção – Déa, a mãe da Mãe, a que nos embala com seu canto de fascinação. Oferecendo fundamental apoio do modelo feminino que molda um libertário espírito para semear a Caridade (lembrem que “D” pode ser também de Dulce dos pobres”) e aceitar a Diversidade.
Déa, a íntima de todos nós por empatia. Déa mamãe genial do gênio aclamado, que pariu a dupla perfeita pois a irmã devotada, fiel escudeira Ju, personifica “unha e carne”, “corda e caçamba”.
Déa, a da voz que canta junto com esta multidão, que a peça da vida dele é pra inspirar a rir e resistir, com o Brasil seguindo em frente, em busca de um mundo melhor.

Epitáfio do Gurufim Carnavalizado: Valeu PG! Nada será como antes, mas nada também foi em vão. Você marcou nossas vidas, você vive em nós; e em teu nome, maravilhoso, desfila hoje a Familia Clementina e os sambistas da superação, pois dias melhores virão!

Autores:
O Povo Brasileiro fã de Paulo Gustavo e a Família Clementiana

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