Juliana Alves e Marisa Orth - Foto: Carnavalizados

Quando a luz acendeu, a Passarela do Samba coloriu-se de azul e amarelo para homenagear Miguel Falabella

Em continuidade aos desfiles do Grupo Especial, a Unidos da Tijuca foi a primeira a pisar firme na Sapucaí na noite de segunda-feira. A Escola apostou no talento do ator, diretor e escritor, Miguel Falabella, para fazer um belo carnaval. Com o enredo Um coração urbano: Miguel, arcanjo das artes, saúda o povo e pede passagem, o desfile contou a trajetória deste artista multimídia, desde o seu começo no Tablado, a faculdade de Letras, os programas de humor, as novelas, os musicais no teatro e o carnaval – onde Falabella já foi destaque, carnavalesco e dirigente.

A Escola do Borel dividiu seu desfile em seis setores para descortinar a biografia do homenageado, que devido ao posicionamento na concentração do último carro, onde veio como destaque, acompanhou eufórico toda a entrada de alas e alegorias.

Na Comissão de Frente intitulada “o teatro é minha religião”, uma homenagens aos palcos, onde Falabella domina todos os espaços. Dionísio, Deus do teatro, é o condutor dessa história, em um palco ambulante que se abriu para a apresentação de diferentes personagens, abençoados por São Miguel Arcanjo, santo de devoção do artista e que inspirou o enredo.

O Abre-Alas, muito colorido, trouxe um reino marinho, comparando a infância de Miguel ao universo do Pequeno Príncipe no reino dos mares, na Ilha do Governador.

O primeiro setor foi todo dedicado ao Tablado, onde Falabella foi transportado para o mundo que se confundiria, ao longo de sua trajetória profissional, com sua própria vida. No segundo carro, foram recriados cenários de peças clássicas de Maria Clara Machado, até hoje reencenadas pelo Tablado e montagens de outras companhias.

No segundo setor, o homenageado da Tijuca é dominado pela literatura. A relação com os livros, as palavras e histórias, que o conduziram à arte da escrita. O terceiro carro alegórico, com ampulhetas girando o tempo, sofreu uma falha e apagou. Por ser um carro de estruturas leves, a ausência de iluminação não comprometeu detalhes da alegoria. Mas caso os jurados entendam que a falta prejudicou o enredo, a Escola pode sofrer penalização.
No setor sobre os fenômenos de audiência a quarta alegoria chega à “máquina de fazer doido”, como Miguel gosta de se referir à TV, que o tornou tão popular por personagens, programas e novelas de sua autoria.

Em seguida, um setor dedicado a outra paixão do personagem central do desfile: os musicais. Foram algumas alas relembrando tantos em que esteve envolvido. Com a quinta alegoria dedicada a duas adaptações: “O Beijo da Mulher Aranha” e “O Homem de La Mancha”. Cláudia Raia, grande amiga do artista, veio em destaque como a própria mulher aranha.

O último setor foi uma grande homenagem ao envolvimento de Miguel com o carnaval. No carro alegórico, o artista deixou sua “Ilha Mágica” para ancorar na Passarela do Samba. Cercado de amigos, emocionou e se deixou emocionar, levantando a Sapucaí em festa.

A Unidos da Tijuca optou por alegorias leves, o que não deve ser entendido como simples. Chamou atenção o uso de muitas cores, transformando o desfile em um baile vívido e alegre. Alegria ampliada por um samba de fácil entendimento e pela força do intérprete, Tinga, que deu um banho na Sapucaí.

Outro ponto de destaque do desfile, como já se tornou tradição, foi a força da bateria Pura Cadência, comandada pelo competente mestre Casagrande. Casão mais uma vez conduziu seu time de ritmistas com um andamento preciso e boa execução de bossas.

A Escola do Borel foi a 7ª colocada no Carnaval 2018.

 

Confira as imagens do desfile:

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Cissa Guimarães – Foto: Carnavalizados

Aracy Balabanian – Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Miguel Falabella – Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

 

Por: Ruan Rocha, Gabriel Cardoso, Pablo Sander e Cristina Frangelli

 

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