Max Lopes, o "Mago das Cores" - Foto: Reprodução da internet

Morre no Rio o carnavalesco Max Lopes, o Mago das Cores

Morreu, na manhã deste domingo (24),  o carnavalesco Max Lopes, de 74 anos, vítima de um câncer em Maricá. Segundo a família, Max deu entrada no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá, no sábado (23), com quadro de insuficiência múltipla dos órgãos, em decorrência de um câncer de próstata avançado. Na manhã deste domingo,  teve uma parada cardiorrespiratória.

Conhecido como o Mago das Cores, Max foi campeão do carnaval do Rio de Janeiro pela Mangueira em 1984, com o enredo “Yes, Nós Temos Braguinha”, em 1989 na Imperatriz Leopoldinense com o enredo histórico “Liberdade! Liberdade! Abra as Asas sobre Nós” e novamente pela Mangueira em 2002 com o enredo “Brasil com “Z” é pra cabra da peste, Brasil com “S” é nação do Nordeste”.

É considerado como um dos mais criativos e importantes carnavalescos do carnaval brasileiro, e o único a obter a comanda maior de Imortal da Academia e Belas Artes, e também obtém uma Cadeira Permanente o Conselho de Carnaval da Mangueira. Foi homenageado pela Vila Santa Tereza no ano de 2005.

Max Lopes nasceu no Rio de Janeiro em 1949 e começou no carnaval como auxiliar de Fernando Pamplona no Salgueiro. Assinou seu primeiro desfile em 1976, na Unidos de Lucas, com “Mar baiano em noite de gala”.

Em 1977 ingressou na  Imperatriz e fez “Viagem fantástica às terras de Ibirapitanga”, estreando no Grupo Especial. Seu carnaval de destaque foi em 1982, com “É hoje!”, na União da Ilha do Governador.

Em 1984, conquistou seu primeiro campeonato pela Estação Primeira de Mangueira, quando homenageou o cantor e compositor João de Barro, com “Yes! Nós temos Braguinha”. Para o carnaval de 1989, a Imperatriz Leopoldinense mudou todo o seu quadro após o último lugar em 1988. Max Lopes, convocado pelo presidente Luizinho Drummond, desenhou um desfile-exaltação ao centenário da Proclamação da República do Brasil com o enredo “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós!”. O desfile mostrou o fim da monarquia brasileira, a Guerra do Paraguai, a chegada de imigrantes ao país, a assinatura da Lei Áurea e a instauração da República. Foi um desfile arrebatador que desbancou o também icônico “Ratos e urubus” de Joãosinho Trinta, na Beija-Flor de Nilópolis.

Max Lopes também teve passagens por Vila Isabel, Viradouro, Santa Cruz, Unidos de Lucas, Grande Rio, União da Ilha, entre outras agremiações.

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