Rosa Magalhães na Apresentação da Sinopse Estácio de Sá 2020 - Foto: André Costa

Confira a sinopse da Estácio de Sá para o Carnaval 2020

A Estácio de Sá apresentou, na noite da última quarta-feira, dia 31 agosto, para imprensa, diretoria, segmentos e convidados, a sinopse do seu enredo para o Carnaval 2020.

“Pedra” será o tema que a escola vai levar para a Marquês de Sapucaí no ano que vem e marcará a volta da carnavalesca Rosa Magalhães na vermelha e branca do morro de São Carlos aonde assinou os enredos “O ti-ti-ti do sapoti”, em 1987, e outros dois desfiles seguintes: “O boi dá bode” , em 1988 e “Um, dois, feijão com arroz” no ano de 1989. A Estácio de Sá será a primeira escola a desfilar no domingo de carnaval 23 de fevereiro.

Tira dúvidas com Rosa Magalhães

15/08 – das 18 até 20 horas

22/08 – das 18 até 20 horas

29/08 – das 18 até 20 horas

Entrega dos sambas gravados: Dia 05 de Setembro das 17 às 21h.
05 CD`s e 30 letras do samba impresso

Taxa de inscrição, R$ 70,00 (setenta reais) por compositor, incluindo a participação especial.

Cada parceria pode ter até 05 compositores e uma (01) participação especial.

As eliminatórias começam dia 06 de Setembro na quadra, a partir das 22h.

Leia a sinopse:

“PEDRA”

A pedra, para o ser humano, representa a permanência do tempo. A camada externa e dura da Terra, a rocha.

A beleza sólida desse material é a essência de nosso planeta. E foi essa beleza sólida que nossos ancestrais usaram como caminho para registrar suas passagens pelo mundo.

Descobriu-se a beleza dos diamantes, de tantas pedras preciosas ou semipreciosas e do ouro. Foi esta uma das primeiras atividades de exploração dos homens no Brasil, mais precisamente em Minas Gerais, no século XVIII. A partir de 1771, criou-se a Real Extração, sob o controle da Coroa portuguesa, decreto que durou até mesmo depois da Proclamação da Independência. Foram as primeiras pedras que trilhamos no nosso caminho.

E vamos seguir pela estrada de Minas, pedregosa…

O poeta Carlos Drummond de Andrade nasceu e cresceu em Itabira, em Minas. Da janela de seu quarto, costumava observar o perfil montanhoso cujo destaque era o pico do Cauê.

”Chego à sacada e vejo minha serra, a serra de meu pai e meu avô, a serra que não passa … Essa manhã acordo e não a encontro britada em bilhões de lascas…”

Fora-se a Pedra, engolida pelo enorme trem, fora-se a pedra do poeta.

Outro escritor mineiro, Guimarães Rosa, enfocou “a biodiversidade do cerrado e o relevo constituído pelo calcário, rocha maleável e moldável pela ação das águas. O Morro da Garça só emite recados porque é uma pirâmide no meio de Minas e de uma história imemorial do garimpo, da pecuária, dos boiadeiros viajantes e da surda vidência sertaneja.”

Outra pedra que faz parte do nosso caminho é a Serra dos Carajás. Recebeu o nome de seus antigos moradores – os índios Carajás. Segundo suas crenças, eles nasciam do interior do solo – solo rico e pedregoso, repleto de grutas. Quando nasciam, saíam desse mundo subterrâneo para ir habitar a superfície.

A região é uma pedra enorme toda feita de ferro, e em seu entorno nascem pequenas cidades. Segundo uma artesã do Centro Mulheres de Barro, na cidade de Parauapebas, surgiram muitos conflitos por aquele rico pedaço de chão.

A própria cidade é um amálgama de pessoas vindas de todos os cantos do Brasil. Vêm do norte e do nordeste, do sul e do sudeste, vêm do centro e vêm do leste. Todas sonhando em extrair daquela terra as muitas riquezas que ela guarda. E acabam também formando uma amostra da variedade do povo brasileiro.

A rocha mais antiga que conhecemos uma lasca com pouco mais de dois centímetros, foi coletada na Lua pelos astronautas da nave Apollo. Tem quatro bilhões de anos.

A nossa Terra, vista da Lua, ainda é linda, azulzinha… Até quando?

Rosa Magalhães

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Cosmologia e Sociedade Karaja – Andre Amaral de Toral – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Museu Nacional – 1992 – pags 145 a 162

Pedra – O Universo Escondido – Denise Milan – S. Paulo – Bei Comunicação – 2018

Maquinação do Mundo – Drummond e a mineração-Wisnik,José Miguel – 1a. edição-S. Paulo – Companhia das Letras- 2018

Peret , João Américo – Mitos e Lendas Karajás – Rio de Janeiro 1979

A margem do projeto ferro carajas- uoma pequena contribuição a história social e cultural de Parauopebas 1980 – 2009 Rocha,Avon Jose Araujo

A história de Parauopebas Força e Trabalho em Carajá -Miguel Angelo Braga Reis – 2016

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