Unidos de Bangu

Ficha Técnica

Presidente: Thiago Oliveira
Carnavalesco: Alex de Oliveira e Edson Pereira
Diretor de Carnaval:  Jeferson Carlos
Diretor de Harmonia: Jeferson Carlos e Alexandre Carlos
Intérprete: Tem-Tem Jr, Luís Oliveira e Daniel Collête
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:  Anderson Abreu e Eliza Xavier
Mestre de Bateria: Léo Capoeira
Rainha de Bateria:  Lexa
Comissão de Frente: Luiz Carlos e Natasha Lima
Classificação em 2018: 12.º Lugar
Classificação em 2017: Campeã (Série B)
Classificação em 2016: 6.º Lugar (Série B)
Títulos: Especial: 0
Série A: 1 (1957 e 1962)
Série B: 2 (2014 e 2017)
Enredo 2019: Do ventre da terra, raízes para o mundo

 

SINOPSE:

Abrem-se os caminhos para a mais antiga da Zona Oeste,
nos quais, passo ante passo, a comunidade enaltece,
com a força, o suor e o sangue vermelho do Pavilhão,
as histórias de vitórias e devoção!

E nesse caminhar engajado e emocionado,
grita, Bangu, bem alto!
Ferve a Sapucaí hoje e sempre!
Entra forte na avenida com os Deuses à frente,
pois grandes raízes têm as mais fortes sementes!
O tapete da vitória, assim, se estende, e
com lágrimas de alegria,
louros e glória a toda tua gente!

Tapete estendido para a estória então,
Vêm os deuses coroar dando, à grande raiz, a criação!
Inti, o Deus Sol que tudo abrange, a ela concedeu energia!
Pacha Mama, com as mãos dedicadas à semeação,
ofereceu, à raiz, a força da vida:
nutriu-lhe de nutrição,
predestinou-a à satisfação.

Do alto da Cordilheira ao sul do mundo,
a qual tocava os céus,
desciam as raízes que, incessantes, alimentariam nobres reis e o povaréu!
Era a predestinação:
matar a fome nos quatro cantos de forma simples,
sem coroação,
mas carregado, o tubérculo, de força, sublime realização.

Sorrindo-lhe a bem-aventurança divina,
atravessou o mar com espanhóis para aportar na Europa.
Esparramou-se nos solos da terra de lá,
ofertando-se a raiz dos Incas ao antigo continente,
requinte de bondade andina com os esfomeados, coitados!
Boa fartura no lugar das revezes,
e a beleza das flores do tubérculo na lapela dos reis que a olhavam de soslaio.

Pois, sem lugar na Bíblia, primeiro causou dúvida e espanto;
o medo, a fome, contudo, suplantando!
Na dor das barrigas vazias, venceu, o tubérculo, o cansaço:
reis ordenaram sua plantação,
papas comiam-no, pela saúde, em oração,
e, enfim, a aceitação:
eis a raiz de um Novo em um Velho Mundo,
os pilares de toda refeição,
a base alimentar!
O mundo sonhando sem a dor da fome!
A raiz, potente, fazendo seu nome.

Sem interromper as teias do destino,
surgiram novos caminhos!
À época da vinda da Família Real,
aportou, a raiz, nesta terra indígena postulada por Cabral.
E, aqui, os deuses do alto da Cordilheira reviram seus irmãos da Floresta:
Sumé, sábio, recebeu a raiz parecida com a já conhecida por matar a fome dos seus,
Jetica, mais doce do que a nova trazida,
e a fartura das duas raízes, comungadas:
roças firmes para ambas em juntas moradas.

Velho e Novo mundos (re)unidos em plantação!
Pelas bandas de cá, as raízes estiveram e chegaram com a imigração.
O nobre feito de matar fome de um mundo inteiro dada
às mãos do trabalhador brasileiro,
aos seus pés rachados na terra dura sem esmero,
às enxadas firmes para manter a vida da raiz, para nós e por ela!
A força que vem do tubérculo usado para plantar ele próprio,
batendo forte, pelo sustento, o rijo ferro na mãe-terra!
Comam, pois, mundo inteiro!
Brasil, vocação para celeiro!

Finaliza, portanto, Bangu, teu canto
nesta festa animada,
saudando aquilo que, quando nasce, comem todos, e, dela, não sobra nada;
confraternizando com aquilo que, quando nasce, espalha rama pelo chão!
Eis, aqui hoje, querido pavilhão, a raiz que, convenhamos, precisa ser nomeada?
Pelo sim, pelo não,
está aí a homenagem:
um grande salve
à guerreira batata.

Carnavalesco: Alex Oliveira e Edson Pereira
Assistente: Flávio Magalhães
Pesquisa e Texto: Clark Mangabeira e Victor Marques

SAMBA-ENREDO
Compositores: Samir Trindade, André Kaballa, Marcio de Deus, Wellington Amaro, Paulinho ferreira, Henrique Costa, Fabio Fonseca, Fabio Martins, Neizinho, Julio Assis, Marlon P. e Vinícius Sombra

Estende o tapete da história
Pro amor mais antigo, meu pavilhão
Prepare o banquete da glória
Vem da zona Oeste, essa devoção
Os Deuses vem coroar
Deus Sol iluminar
Do alto nascia, a força da vida
Por todos os cantos se espalharia
Pacha Mama é mãe
Do seu ventre um novo dia

Ouro do chão, terra molhada
Na sagrada fé, renegada
Matou fome da pobreza, foi a cura do mal
Nos salões da realeza, o prato principal

Parmentier, brilhou em Versalhes
De rainhas e reis, navegou outros mares
Tesouro à moda francesa
Chegou no Brasil “real”
A doçura do índio, antes de Cabral
Mãos plantaram um lindo matiz
As mãos que erguem meu pais
Da simplicidade, do cheiro de mato
Na ponta da enxada o nosso retrato
Lá vem meu celeiro
Semeia Bangu pro mundo inteiro

Vamos plantar a paz
Chegou minha raiz, o caldeirão vermelho
Cresceu e não se desfaz
Alimenta esse povo guerreiro

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