Agremiação escolhe hino para o próximo carnaval - Foto: Zé Arruda

Império da Tijuca define samba-enredo para o próximo Carnaval

Parceria dos compositores Guilherme Sá, Paulinho Bandolin e Edgar filho é a grande vencedora

O Império da Tijuca definiu o hino que cantará no próximo carnaval, quando levará para a Avenida o enredo “Samba de Quilombo – A resistência pela raiz”, do carnavalesco Guilherme Estevão.

Na ocasião estava programada a apresentação de seis sambas finalistas, contudo a parceria de número 40 não compareceu ao evento por precaução, já que alguns dos compositores estavam com covid-19. Foram apresentados cinco sambas finalistas e não faltou animação com o grande show das passistas coordenados por Gabriel e Laiza, também apresentação das baianas e também dos dois primeiros casais de Mestre sala e porta bandeira.

Após os finalistas se apresentarem fazendo quatro passadas na apresentação, sendo uma sem bateria e três com bateria. O presidente em exercício Luan Teles anunciou o grande vencedor.

O presidente relata: “Foi extremamente difícil de 56 sambas chegarmos a 6 finalistas e ainda agora escolher apenas um para representar nossa escola no próximo desfile mas não tenho dúvida de que o vencedor transmite perfeitamente a mensagem do enredo idealizado por nosso carnavalesco”.

Confira a letra do samba:

Clamo a presença dos ancestrais
Arde a chama na candeia
Reluz os seus ideais
Livre, o samba faz escola
Manifesto no terreiro
Sou quilombola
Vou de pé no chão
Resgatar a pureza dos meus carnavais
O novo pavilhão
Foi Oxum quem bordou de dourado e lilás

Vem maracatu do caboclo lanceiro
Dança o caxambu, jongueiro
Saravá lundú, afoxé, capoeira
No rabo de arraia não leva rasteira

Puxa o partido pro mestre versar (Candeia!)
Firma na palma da mão a noite inteira
Risca no amoladinho, ioiô
Ô iaiá, vem mexer com as cadeiras (vem sambar)

Sou da arte negra sentinela
Um quilombo em cada favela
Contra toda forma de opressão
Sou a poesia sem mordaça
Tambores em dia de graça
Heróis e heroínas da abolição
Sou o canto forte de Palmares
A vibrar pela cidade
Um grito sufocado a resistir
Inspiro a verdadeira liberdade
Valeu, Zumbi

Quem leva a noite na cor
De verde e branco é rei
Mostra seu valor
No Império da Tijuca
Negritude é lei
(Negritude é lei, é lei)

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