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Portela foi a primeira Escola do Grupo Especial a reabrir sua quadra
A Portela realizou no sábado (7) sua tradicional Feijoada da Família Portelense, foram oito meses sem receber o público em sua quadra devido à pandemia de Covid-19. Entretanto, com o Plano de Flexibilização implementado pela Prefeitura, as Escolas de Samba estão autorizadas, desde 1º de novembro, a realizar eventos de acordo com os protocolos estabelecidos pela Vigilância Sanitária e pela Secretaria de Saúde municipais.
A quadra foi organizada para receber o público com toda segurança, a Portela elaborou um protocolo interno com assessoria de uma empresa de engenharia para organizar a planta de distribuição das 166 mesas, contou com a orientação de uma médica pneumologista sobre saúde respiratória e com o serviço de uma empresa de engenharia e sanitização que cuidou da limpeza e desinfecção dos ambientes da quadra. Todas as ações foram validadas pela Vigilância Sanitária.
O retorno das atividades da Escola foi esperado pelos portelenses. A porta-bandeira Lucinha Nobre estava com muita saudade e empolgada pela reabertura, segundo ela: “para muitas pessoas é um lazer, mas para o sambista é um trabalho e fonte de renda para muitas famílias. Mesmo com todas as dificuldades é importante essa retomada. Muitas pessoas do carnaval ficaram em situação delicada nessa pandemia e eu me incluo. A gente quer trabalhar com todos os cuidados sempre respeitando a Organização Mundial da Saúde.”
Primeiro Casal Marlon Lamar e Lucinha Nobre – Foto: Raphael Perucci
A lotação foi reduzida de quatro mil para mil e quinhentas pessoas, nos camarotes foi reduzida pela metade, apenas 8 pessoas, e os bares que ficam na área externa estavam fechados, o serviço foi realizado por garçons. O objetivo foi o de reduzir a circulação de pessoas e, por consequência, evitar aglomeração. Outras duas medidas foram em relação a Velha Guarda que não estava presente por ser grupo de risco e não foi permitida a entrada de crianças por serem transmissores assintomáticos.
“É uma mudança cultural. As pessoas ficarem sentadas em seu espaço; não se abraçar, o sambista gosta de se abraçar, de estar junto; você está numa quadra fechada e não consegue entender o que a outra pessoa fala, quer fazer leitura labial e não pode porque está com a máscara; as pessoas se comunicam muito pelo sorriso e não tem sorriso a máscara está tampando. Isso tudo é novo, é o novo normal. Como sociedade temos que nos adaptar, em especial o sambista neste momento” – Fabio Pavão, vice-presidente da Portela.
A feijoada foi o reencontro da comunidade com a Escola e de grupos de amigos. Para a portelense Alessandra Dias foi emocionante voltar para casa, ela declara: “o samba acaba sendo uma válvula de escape e estar na feijoada é um presente de Deus. É muito bom poder contar com toda essa segurança e infraestrutura da quadra. É o cuidado do portelense!”.
Um dos destaques do evento ficou por conta da missa do padre Marcelo Freitas, que benzeu toda a quadra e mandou uma mensagem para os frequentadores: “A Portela é um local de alegria, de promoção da vida e de muitos projetos sociais. Que a reabertura possa representar um marco na conscientização pela preservação da vida, seguindo todos os cuidados necessários”.
Confira algumas imagens do evento:
Feijoada Portela – Foto: Marilda Campbell
Feijoada Portela – Foto: Marilda Campbell
Protocolos de segurança – Foto: Marilda Campbell
Uma equipe com 40 pessoas ajudou a orientar o público no cumprimento dos protocolos – Foto: Marilda Campbell
Medição de temperatura na entrada, tapetes higienizantes e uso de máscaras – Foto: Marilda Campbell
Quadra da Portela passou por higienização completa – Foto: Raphael Perucci
