Carnavália Sambacon 2018 - Foto: Ruan Rocha / Carnavalizados

Carnavália Sambacon 2018: como foi o segundo dia do evento

A Carnavália Sambacon, feira de negócios do carnaval, continua sua trajetória de sucesso. No segundo dia discussões fundamentais foram colocadas nas mesas de modo a desenvolver a festa popular que é a marca mais potente do país.

Eram duas horas da tarde de uma sexta-feira, mas o auditório já estava cheio para o painel acadêmico. O I Encontro dos Grupos que Estudam Carnaval nas Universidades discutiu a importância do envolvimento de pesquisadores em cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. Um evento do tamanho do carnaval, que carrega inúmeros símbolos culturais e artísticos, gera renda, trabalho e visibilidade, precisa ser valorizado como objeto de pesquisa e criação, deve existir e resistir dentro do ambiente acadêmico. O tom foi mesmo de resistência: os espaços universitários ainda se posicionam com estranheza diante das cadeiras acadêmicas que tem por proposta lecionar e pesquisar os festejos populares. Essa recusa vem sendo vencida por professores, mestres, doutores e alunos que, empenhados em reconhecer o território, personagens e manifestações carnavalescas, vem desenvolvendo pesquisas em áreas das mais diversas, que tendem a agregar à festa conhecimento e profissionalismo.

Carnavália Sambacon 2018 – Foto: Ruan Rocha / Carnavalizados

O segundo painel do dia tratou das relações de trabalho no Carnaval, um ambiente crítico. As Escolas de Samba alimentam-se de uma força de trabalho diferenciada, com prestadores de serviços e mão de obra temporária. Como lidar com uma legislação alheia a suas necessidades? Os presidentes da Liesa, Jorge Castanheira, da LigaSP, Paulo Sérgio Ferreira e um representante do Sebrae, Eduardo Magalhães Sipaúba, examinaram as dificuldades de não existir um texto próprio para reger o direito do trabalho nos espaços de criação do carnaval.

Carnavália Sambacon 2018 – Foto: Ruan Rocha / Carnavalizados

A última mesa de sexta-feira seguiu o tom profissional ao tratar de oportunidades e negócios no Carnaval. O evento, afinal, movimenta uma cadeia produtiva bilionária e crescente, o que exige uma constante reinvenção e adaptação a novas necessidades.

Encerrados os debates, o salão de expositores foi tomado pela alegria do cortejo do Bloco Afro Ilê Aiyê, da Bahia, que arrastou o público pelos corredores entre os estandes com a força que convoca multidões no Circuito Campo Grande do Carnaval de Salvador. A festa estava só começando! Fizeram do palco a ladeira do Curuzu, apresentando grandes sucessos que marcaram gerações.
Não menos animado foi o cortejo da Paraíso do Tuiuti, que transformou os corredores em uma pequena Sapucaí. Como tem se repetido em diversas premiações e eventos após o último carnaval, o ponto alto da apresentação da Escola de São Cristóvão foi atingido com a exibição da Comissão de Frente, que continua a arrepiar mesmo fora do contexto do desfile.

Carnavália Sambacon 2018 – Foto: Ruan Rocha / Carnavalizados

O segundo dia de Carnavália foi cercado de muito profissionalismo e animação. O público deixou o Centro de Convenções satisfeito, mas já na expectativa do que está por vir na tarde e noite deste sábado, que apesar do clima de encerramento ainda tem uma programação intensa para movimentar o mundo do samba.

Vaje abaixo a agenda do último dia da 5ª edição da Carnavália Sambacon. E não deixe de acompanhar as atualizações em nossas redes sociais a partir de 14h, por onde levaremos a você o que acontece nos corredores e salões do evento.

PROGRAMAÇÃO SÁBADO 28/07/18

14:00h – ABERTURA DA FEIRA
14:00 / 15:30 Painel Acadêmico – Criação: Milton Cunha. Apresentação: Samile Cunha
O triunfo do social/político no carnaval 2018 na Sapucaí
Jack Vasconcelos (Carnavalesco – Paraíso do Tuiuti)
Marcelo Misailidis (Carnavalesco – Beija-Flor de Nilópolis)
Leonardo Bora (Carnavalesco – Acadêmicos do Cubango)
Leandro Vieira (Carnavalesco – Mangueira)
Mediadora: Samile Cunha

15:30 / 17:30 – Painel Profissional – Escolas de Samba? – A descaracterização cultural da disputa de samba-enredo.
O que leva as escolas de samba a encomendar sambas ou a escolher sucessos antigos para representar seu enredo na avenida? Trata-se de uma nova tendência? Esse comportamento pode levar à perda da criatividade natural dos sambas?
Helio Oliveira – compositor
Dudu Botelho
Vanderley Monteiro – compositor
Renato Thor – presidente Lierj
Paulo Cesar Feital – compositor
Claudio Russo – compositor
Mediador – Álvaro Caetano (Alvinho)

17:30/19:30 – MESA 2 – Comissão de Frente – um Show dentro do Show de cada Escola.
A importância da Comissão de Frente na apresentação do enredo de uma Escola. A criatividade como marca principal. A evolução das apresentações.
Priscilla Motta / Rodrigo Negri – Mangueira
Carlinhos de Jesus – Portela
Saulo Finelon – Mocidade Independente de Padre Miguel
Anderson Rodrigues – Dragões da Real (São Paulo)
Mediador: Daniel Targueta – Tv Globo – produção de carnaval
Palco 20:30/22:30 – Show de Encerramento: Os Bois de Parintins e a Beija-Flor de Nilópolis.

Confira algumas imagens da feira:

Carnavália Sambacon 2018 – Foto: Ruan Rocha / Carnavalizados

Carnavália Sambacon 2018 – Foto: Ruan Rocha / Carnavalizados

Carnavália Sambacon 2018 – Foto: Ruan Rocha / Carnavalizados

Carnavália Sambacon 2018 – Foto: Ruan Rocha / Carnavalizados

Carnavália Sambacon 2018 – Foto: Ruan Rocha / Carnavalizados

Carnavália Sambacon 2018 – Foto: Ruan Rocha / Carnavalizados

 

Deixar uma resposta

Seu email não sera publicado. Campos obrigatórios *

*