Carnavalesco Alexandre Louzada - Foto: Eduardo Hollanda

Série Barracões 2020: Beija-flor volta a beber na boa e velha fonte do grandioso para ser a soberana da Rua

Mais uma vez, a Beija-Flor de Nilópolis encerra os desfiles na Marquês de Sapucaí. Na madrugada de segunda-feira, a agremiação nilopolitana levará para avenida o enredo “Se essa rua fosse minha”. A equipe do Carnavalizados conversou com Alexandre Louzada, que ao lado de Cid Carvalho, assina o Carnaval 2020. Os dois têm a missão de resgatar uma Beija-flor grandiosa, luxuosa e requintada, depois de um carnaval abaixo do esperado em 2019.

Louzada e Cid apostam nos caminhos percorridos pela humanidade, trazendo ruas famosas e lendárias ao redor do mundo, até chegar à rua mágica, dos nossos sonhos e mais importante do Carnaval do Rio de Janeiro: a Marquês de Sapucaí, o ninho da Beija-Flor, a maior campeã da era Sambódromo.

Carnavalesco Cid Carvalho – Foto: Eduardo Hollanda

Marquês de Sapucaí, o solo sagrado

Ao conceber o enredo, Louzada partiu da própria Marquês de Sapucaí como um solo sagrado, onde o folião impera: o dono da rua. Por isso, “Se essa rua fosse minha” não fala apenas do espaço urbano, como pode parecer num primeiro momento: o enredo fala da caminhada do homem nas diferentes fases históricas e até das ruas imaginárias, como a Via Láctea.

A jornada da Beija-Flor começa com o Sumérios, a mais antiga civilização que viveu na região da Mesopotâmia. Com a invenção da roda, eles começaram a criar rotas para o trânsito de pessoas e para o comércio.

Adiante, o desfile segue com o Império Romano, considerado o berço da civilização ocidental, e que começou a construir as estradas como conhecemos hoje. A Via Appia, que existe desde 312 a.C., liga Roma à cidade de Brindisi, e estará retratada em uma alegoria.

A escola de Nilópolis vai falar também das rotas marítimas que possibilitaram que o homem desbravasse outros continentes – o Novo Mundo. No Brasil, os Bandeirantes foram descobrindo riquezas no interior do país ao seguirem as rotas dos índios, que mais tarde viriam a se tornar a Estrada Real, que passa por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Detalhes Barracão Beija-Flor – Foto: Eduardo Hollanda

Detalhes Barracão Beija-Flor – Foto: Eduardo Hollanda

Detalhes Barracão Beija-Flor – Foto: Cristina Frangelli/Site Carnavalizados

Detalhes Barracão Beija-Flor – Foto: Cristina Frangelli/Site Carnavalizados

Rua, palco da romaria

Louzada segue explicando o enredo, falando que as ruas não servem apenas para o deslocamento; algumas viram palco para manifestações de fé nas peregrinações, romarias e procissões. Outras ruas viram cartões postais, como a Champs-Élysées (Paris), a Broadway (Nova Iorque), a Abbey Road (Londres) e a nossa Avenida Atlântica, em Copacabana.

Na última alegoria a agremiação apresenta as estradas que povoam o nosso imaginário, como a Via Láctea, a Torre de Babel e o Labirinto do Minotauro, da Mitologia Grega.

O desfile se encerra com a rua mais imaginada e mais fantasiada: a Marquês de Sapucaí. A mais importante avenida para carnavalescos e sambistas. Artistas se envolvem o ano inteiro na produção de um espetáculo para ser apresentado aqui.

Curiosamente, a Beija-Flor é a escola que mais venceu nesta rua; há quem diga, inclusive, que existe um “ninho do beija-flor” na Apoteose. Por isso, Louzada e Cid o trarão representado no fim do desfile, um grande beija-flor de cristal e diamantes.

Por fim, Alexandre Louzada nos revela que ele e Cid apresentarão outra linguagem de carnaval. “É uma linguagem mais clean, mas não deixa de ser como a Beija-Flor. Será grandioso.”

Detalhes Barracão Beija-Flor – Foto: Eduardo Hollanda

Detalhes Barracão Beija-Flor – Foto: Eduardo Hollanda

Detalhes Barracão Beija-Flor – Foto: Cristina Frangelli/Site Carnavalizados

Detalhes Barracão Beija-Flor – Foto: Cristina Frangelli/Site Carnavalizados

 

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