Foto: Carnavalizados

Mergulhada nas artes, São Clemente recria os 200 anos de história da Escola de Belas Artes

A São Clemente levou à Sapucaí a história da Escola de Belas Artes para dar vida ao enredo: “Academicamente Popular” sobre a mais importante escola de arte da América Latina, e sua importância na revolução estética do carnaval carioca. Com alegorias grandiosas e alas exuberantes, a escola misturou o clássico da EBA ao popular da festa pra contar a trajetória dessa instituição por onde passaram lendas do carnaval, como Fernando Pamplona, Rosa Magalhães, Maria Augusta e outros mais.

A história da Escola de Belas Artes (EBA) foi contada em seis setores. Logo na Comissão de Frente pintores e suas musas representaram um ateliê, valorizando o trabalho do artista.

No maior Abre-Alas da história da Escola da Zona Sul, o carnavalesco Jorge Silveira retratou a Missão Artística Francesa. A chegada dos artistas e a inauguração da sua primeira sede. Ao longo da evolução, as colunas neoclássicas da réplica do primeiro prédio da EBA transformavam-se na mata carioca e as cabeças de modelos gregos em cocares indígenas. Na parte traseira uma figura de índio pintado por Debret introduziu o segundo setor, destinado às obras do artista francês sobre o Rio de Janeiro. A segunda alegoria, então, deu vida às obras de Debret, saltando das telas seus personagens em um esforço de reconstrução do Rio colonial.

O terceiro setor fez uma referência aos salões anuais da Academia, onde eram realizados concursos com os trabalhos dos alunos. Mais uma vez três importantes pinturas ganharam vida no centro do carro alegórico.

A pintura moderna apareceu na quarta alegoria, voltado a identificar a aproximação da Academia com uma identidade nacional. Por fim, o quinto carro mostra a aproximação com o popular. Nele, Jorge Silveira lembrou da relação de artistas oriundos da EBA com o carnaval. Fernando Pamplona, Adir Botelho, Rosa Magalhães, Mauro Monteiro, Fernando Santoro e David Ribeiro escreveram sua arte na história do carnaval, seja através dos desfiles de Escola de Samba ou das decorações das ruas do Rio durante a festa.

Em um carnaval marcado por enredos críticos, a São Clemente também fez seu manifesto, trazendo um tripé com uma réplica incendiada do prédio da Eba, que pegou fogo há dois anos e segue sem qualquer manutenção, tendo seus alunos e professores apelado por medidas alternativas para o prosseguimento das atividades.

A São Clemente foi a 11ª colocada do Carnaval 2018.

Confira as imagens do desfile:

Foto: Carnavalizados

Foto: Pablo Sander

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

Foto: Pablo Sander

Foto: Carnavalizados

Foto: Carnavalizados

 

Por: Ruan Rocha, Gabriel Cardoso, Pablo Sander e Cristina Frangelli

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