FICHA TÉCNICA
Presidente: | Luiz Pacheco Drumond |
Carnavalesco: | Mário Monteiro e Kaká Monteiro |
Diretor de Carnaval: | Wagner Tavares de Araújo |
Diretor de Harmonia: | Júnior Escafura |
Intérprete: | Arthur Franco |
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: | Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro |
Mestre de Bateria: | Mestre Lolo |
Rainha de Bateria: | Flávia Lyra |
Comissão de Frente: | Fabio Baptista |
Classificação em 2018: | 8.º Lugar |
Classificação em 2017: | 7.º Lugar |
Classificação em 2016: | 6.º Lugar |
Títulos: | Especial: 8 (1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001) |
Acesso: 1 (1961) | |
Enredo 2019: | Me dá um dinheiro aí |
SINOPSE: |
A ideia básica deste desfile, que abrange alguns assuntos mais graves, é tratá-los através de metáforas ou de forma sempre bem-humorada, que aliás, faz parte de uma tradição do humor brasileiro.
O fato é que os dramas existem e estão aí plantados e, por uma hora e quinze minutos, esperamos proporcionar ao público um espetáculo leve e divertido, apesar das mazelas.
Finalizando, uma frase do cartunista Jaguar que sintetiza o nosso conceito: “está tudo tão sinistro que é preciso rir para poder respirar”.
SINOPSE
O nosso Enredo vai falar sobre o dinheiro e sua relação com o ser humano desde a sua invenção até a época atual. Ele é, sem dúvida alguma, um dos instrumentos de maior importância na vida econômica das nações e das pessoas. Para se certificar disso, bastará imaginar o que seria a vida sem dinheiro. Como poderíamos comprar e vender, receber e pagar, abastecermo-nos e economizar para o futuro, etc., se ele não existisse?
Nosso desfile começa contando duas lendas clássicas que lançam uma luz sobre a justiça e a ganância humana pelo dinheiro.
A primeira fala de Robin Hood, herói mítico inglês (séc. XII), que roubava da nobreza, que vivia da exploração do povo através de impostos e taxas extorsivas e distribuía para os pobres.
A segunda lenda conta a história do Rei Midas, que recebeu dos deuses a capacidade de transformar em ouro tudo que tocasse. A dádiva virou maldição. Até mesmo sua filha predileta foi transformada por ele em ouro.
Em seguida vamos viajar até o século VII a.C., no Reino da Lidia (Turquia atual), onde foram criadas as primeiras moedas. Depois da moeda veio o papel. Os chineses foram os primeiros a perceber a vantagem de lidar com o dinheiro na forma de documentos de papel no século X.
Em se tratando de Brasil, começamos narrando a primeira relação de troca entre os índios e descobridores em 1500: o escambo.
Somente quase dois séculos depois foi criada a Casa da Moeda da Bahia, marco da produção das primeiras moedas brasileiras, grandemente utilizadas na compra de escravos. Um capítulo hediondo de nossa história que durou quase 3 séculos.
Com a República e o progresso vieram inúmeros meios de guardar e investir dinheiro: depósitos bancários, aplicações financeiras e assim por diante. Também veio a divisão da sociedade em classes, denunciando uma enorme desigualdade de renda: poucos com muito e muitos com tão pouco.
A chance de ascender a uma classe superior, com raríssimas exceções, é muito limitada. Como por exemplo, de forma ilícita ou por um golpe de sorte, através de um prêmio acumulado na Loteria – a roda da fortuna.
Também abordamos o lado popular e bem-humorado do dinheiro com o personagem do Tio Patinhas e o cofre do porquinho.
Encerramos o desfile falando de um futuro já presente através das moedas criptográficas – um sistema de recurso digital projetado para funcionar como um meio de troca. A partir de 2010, algumas empresas em escala global começaram a aceitar Bitcoins.
E o carnaval do futuro? Desfiles intergalácticos?
A Imperatriz flutuando no espaço sideral?
Aguardemos.
SETORIZAÇÃO
SETOR 1 – AS LENDAS
Abrimos o nosso desfile representando 2 lendas importantes que se referem diretamente ao dinheiro: Robin Hood e A Lenda de Midas.
SETOR 2 – A INVENÇÃO DO DINHEIRO
As mais antigas moedas que se conhecem foram feitas no séc. VII no Reino da Lidia (Turquia atual). Feitas de liga de ouro e prata, conhecida na época como “eletro”.
Cédulas não passam de pedaços de papel, mas são aceitas como dinheiro. O valor está no que elas representam. Os chineses foram os primeiros a lidar com o dinheiro na forma de documentos de papel.
SETOR 3 – TERRA BRA$ILI$. O DINHEIRO DO BRASIL
A história do dinheiro no Brasil começou de forma insólita logo após o descobrimento, com um fato importante para o meio circulante brasileiro: o primeiro escambo. Ao desembarcar em terra, os portugueses, num gesto amistoso, lançaram à praia um barrete vermelho, uma carapuça e um sombreiro. Os índios, imediatamente, responderam lançando um cocar de penas e um cocar de contas.
Nos períodos colonial e imperial até 1888, a economia brasileira sobrevivia através da exploração dos escravos trazidos da África e vendidos como mercadoria. Um dos períodos mais hediondos da nossa história.
SETOR 4 – TEMPOS MODERNOS
Hoje temos à disposição inúmeros meios de guardar e investir dinheiro: depósitos bancários, aplicações financeiras, cheques, cartões de crédito, caixas automáticos, previdência privada e etc.
SETOR 5 – A RODA DA FORTUNA
A roda da fortuna vai falar sobre pessoas de origem humilde que através do talento pessoal ou da sorte conseguiram crescer na vida com sucesso financeiro.
SETOR 6 – O FOLCLORE E O DINHEIRO
Neste setor abordaremos o Tio Patinhas, o cofre do porquinho e também o dinheiro na teleficção.
SETOR 7 – DINHEIRO E CARNAVAL DO FUTURO
Em relação ao dinheiro podemos anunciar que o futuro já começou através das moedas virtuais. A mais famosa delas é o Bitcoin.
E completando esse futuro “virtual” e intergaláctico imaginamos a Imperatriz do futuro.
SAMBA-ENREDO | |
Compositores: | Elymar Santos, Maninho do Ponto, Julinho Maestro, Dudu Miler, Márcio Pessi e Jorge Arthur |
A tentação seduziu a poesia
Da volta todo dia é a oferta e a demanda
Pecado capital da humanidade
Senhor da desigualdade
Sempre diz quem é que manda
O arqueiro ergueu, aquela gente oprimida e sem paz
Perdeu meu bem, pobre fortuna, nobres ideais
Midas com o seu dedo de ouro
Condenou a própria filha a viver numa prisão
Prata, pixulé, papel moeda e o homem escorrega
Mete o pé na ambição
Troca-troca ê na beira da praia
Troca-troca ê na beira da praia
Um espelho por cocar, o negocio é um pecado
Ouro no mercado negro, negro é ouro no mercado
Tempos modernos, onde vidas valem menos
Boas ações não representam dividendos
A roda gira pro mais forte, poucos tem a sorte
De virar o jogo que o destino fez
Tem pato mergulhado no dinheiro
E o povo brasileiro nada por migalhas outra vez
Se é pra poupar
O porquinho pode até ser virtual
Haishtag no infinito, com cascalho, eu to bonito
No espaço sideral
Imperatriz, sentimento não tem preço, tem valor
Eu não vendo e não empresto, o meu eterno amor
Me dá, me dá, me dá me dá um dinheiro aí
Gostei da comissão, me dá meu faz-me rir
Pra investir no sonho e vestir a fantasia
Quero renda na baiana, nota 10 na bateria